O segundo livro de Liane Moriarty que leio.
Depois de devorar Pequenas Grandes Mentiras, eu me demorei um pouco mais do que o necessário neste outro. Alice cai fazendo atividade física, bate a cabeça e …quando acorda pensa que está ainda em 1998, grávida de seu primeiro filho, num casamento feliz e uma reforma imensa na casa dos sonhos.
A realidade é que estamos em 2008, Alice já tem 3 filhos, sua casa é linda e ela própria não se reconhece neste novo corpo magro, elegante e esguio…
Os novos fatos vão atingindo-a a cada minuto: sua melhor amiga morreu, ela esta de divorciando de Nick, seu marido e amor da sua vida e pelo jeito já está namorando outro…
Alice se transformou numa pessoa que faz trabalho voluntário, cuida dos filhos como um sargento e é extremamente exigente consigo mesma.
A história toda é narrada sob tres pontos de vista que somados contam como foram os ultimos anos da vida de Alice: sua história em terceira pessoa, trechos do blog de sua avó ( sim, Frannie, uma avó doce e postiça é uma blogueira!) e o diálogo de sua irmã Elizabeth com seu terapeuta.
Alice e Elizabeth não se falam a anos, mas a irmã é a primeira pessoa a ser chamada quando o acidente acontece.
Ahhh, me irritou muito o fato de Alice permanecer tantas horas no hospital sem que ninguem fosse acudi-la…ex marido em outro país, o namorado…cadê?
Voltar para casa no dia seguinte e dar de encontro com o que a sua vida se tornou não é facil.
Logo a gente percebe que o acidente era o que de melhor poderia ter acontecido a Alice… perder a memória a libertou de tantas atividades, tornou-a mais simples, menos exigente e mais suscetivel a erros…enfim, uma pessoa boa e comum.
E que esquecer e levar adiante as vezes é melhor do que remoer o passado.