Eu sou uma pessoa que observa. E pensa.
E na maioria das vezes eu penso: como pode isso?
Sábado estavamos no Bola ( um restaurante famoso daqui, o Bola 7) numa turminha bem animada.
Restaurante lotado, só gente só chegando e ninguem saindo, gente em pé esperando vagar mesa, gente de todo tipo, roupa e jeito.
Sem perder o rumo da conversa eu comecei a notar as pessoas a minha volta, uma coisa que eu não consigo controlar. Mulher olha mesmo, pessoas.
A roupa não caiu bem ou tá vulgar, olhamos E COMENTAMOS.
A roupa tá legal, tambem merece comentários.
Celulite a mostra então…a gente faz até uma analise do tecido adiposo pra classificar o grau da tal alteração do tecido gorduroso subcutâneo.
Depois em casa, eu fiquei pensando em como a moda anda democrática, como cada um usa o que quer…e as vezes sem muita noção
Eu digo a moda em São Paulo, mais especificamente em Araçatuba, onde moro.
Não sei aí onde voces vivem, mas aqui ao mesmo tempo em que se usa de tudo, desde o pelamordedeus a ultima tendencia, mas tambem há um “uniforme”.
Sendo o pelamordedeus aquela roupa que só fica bem na vitrine e as vezes nem isso.
E o uniforme são as sainhas ou shorts brilhantes usados com camisas de seda, um bom jeans com uma blusa bonita ou um vestido; coisa que sempre cai bem e valoriza qualquer uma ( não qualqueeeer uma entendem né?).
Faço esta comparação pensando na moda dos anos 80, e depois a dos anos 90, duas décadas desastrosas, e tambem as que mais prestei atenção.
Me lembro que houve momentos em que a moda era tão engessada que se usava só aquilo ou variações sobre o mesmo tema, e se voce nao estivesse vestida daquela forma, NAO ESTAVA NA MODA. Ponto final.
A decada de 80 foi a do e-xa-gê-ro, mas teve alguma coisas boas como a moda em tons pastéis lá do comecinho dos 80’s quando a influencia era o seriado Miami Vice… Sonny Crocket com seus blazers rosas, azuis, amarelinhos, calças largas e alpargatas.
Aqui no Brasil vivemos o momento do linho brasperola, com roupas fluidas e desestruturadas em tons pastéis e com aplicações de rendas e tules.
Tambem se usava babados, muitos ( a inspiraçao era daquele cara que se chamava Prince, depois passou a ser identificado por um simbolo e virou Prince de novo e desapareceu)
Ahhh, aquela avenida Brasília era um mar da babados.
De repente, num piscar de olhos vieram os tons néons, e SIM!!!! ESTE NEON DE AGORA é coisa an-ti-ga minha gente. Pinks, laranjas, turquesas, verde-limão ( afffe), ombreiras imensas e botões do tamanho de pires, jaquetas a la michael jacckson, legs, polainas, roupas sobrepostas, cabelos estilo chitaozinho e chororó (nos EUA chamados mulets), ou cacheados e armados.
A influencia era mista: vinha tanto da onda fitness, quando as academias começaram a ter destaque, e as pessoas construíam corpos saudaveis e musculosos onde antes não havia nada, como tambem de filmes (Procura-se Susan desesperadamente, lembram?), musica e movimentos ( new wave, punks, góticos, yuppies, romanticos, grunges).
E eu poderia escrever longas linhas sobre as pantalonas de cintura alta usadas com blusinhas curtas, salopetes, cabelos de permanente, mas vou pular direto para os nebulosos anos 90 e a anorexia caracteristica das top models.
Aliás, foi quando as tops ganharam força.
Linda Evangelista, Cindy CRawford, Naomi Campbell, eram mulherões que foram perdendo campo para as magrelas, esqueléticas e anoréxicas.
Como eu disse, a moda dos 90’s é uma mistura. Assistam Friends e voces verão retrato daquela época.
Morando numa cidade pequena, onde a ultima tendencia é seguida a risca eu comecei a perceber como a moda se tornou mais democratica na época das calças bailarinas.
Lembram dela? Pois é…uma simples bailarina preta e uma camiseta ou camisa branca, um sapato boneca e voce estava pronta pra qualquer coisa.
Foi quando acabou aquele lance de “se voce não usa isso, voce não está na moda”.
A maioria das pessoas começou a usar só o que fica bem.
E eu tambem penso assim: a moda é skinny, mas eu fico bem de flare entao que se dane as skinnys; ou a moda é saias mullet que não uso nem morrrrta, mas amo saias longas arrastando pelo chão e é o que usarei!
O que me traz de volta à noite de sabado e ao restaurante apinhado de gente.
O que eu observei é que em qualquer década, sempre existiu e ainda existirá pessoas que são vitimas da moda. Porque querem, porque não tem noçao, sei lá, mas num mundo como este, cheio de informação, qualquer um acessa um site, um blog de moda, um perfil do face com looks bacanas e se baseia naquilo pra montar seu proprio look.
Então nada de ter 50 e usar a mesma roupa da filha, ou voce pode até ser jovem, mas se sua perna tem celulite de alto a baixo um vestido nao ficaria melhor que o shortinho?
O importante é usar roupa confortavel, que voce se sinta bem e não seguir tendencias que não valorizem seu tipo fisico.
#prontofalei
Oi, Lilly. Nunca segui moda, porque não tinha grana pra isso (tá, nem sempre precisamos gastar os tubos para estar na moda) e porque não me ligava mesmo, talvez sabendo que não tinha como usar, né? Saía pouco de casa, não viajava, era fácil não ligar para estar “no grito da moda”. Depois que pude ter o que quisesse, o “mal” estava feito e realmente não ligo para usar nada só porque está na moda. Sou clássica, básica, e tenho um “desconfiômetro” enorme, então nada chamativo me pega, detesto chamar a atenção, mesmo que seja pq estou bem arrumada. rs Compro revistas, leio, fico ligada, mas realmente não me apego a nada. Adorei dar uma passeada pelas décadas, lembro-me bem de tudo que descreveu. E tb sou muito “reparadeira”, olho para ver o bonito (ou o feio) e é inevitável a gente notar todos os abusos que as mulheres cometem, em nome da “moda”, né? Beijo!
Que revival, Lilly! Seguir tendência nunca foi meu forte, gosto do basicão que sempre funciona pra qualquer ocasião, principalmente camisas e vestidos. Como meu dia é sempre uma surpresa, qualquer uma dessas peças funciona pra levar menino pra escola ou seguir para uma reunião. E a gente vai se adaptando a nossas mudanças, o comprimento do vestido que aumenta e o decote que diminui, não é? Beijos!
#efaloubemfalado
Adoro moda! Mas nem sempre sigo a moda! Na verdade, prefiro inventar moda! rsrs Na adolescencia abusava do que ninguem queria usar, e pra me contraria, logo virava moda, e eu abandonava o estilo. No auge da adolescencia, adorei usar sapatos coloridos (sim, eles voltaram recentemente!), cores neon (voltaram também) e muitos apliques nas roupas (esses foram, voltaram e meio que foram novamente).
Mas o que NINGUÉM pode esquecer, é que a moda orienta, mas quem escolhe e define o que vai usar, é VOCÊ (leitor)!
Lilian, penso exatamente como você! Não é porque algo está na moda das vitrines e das revistas que deve ser usado. Aliás, detesto usar o mesmo que todo mundo usa, rsrs.
A roupa tem que valorizar o que a gente tem de bonito, não escancarar o que está feio. Se a pessoa quer apostar na lantejoula e tem uma coxinha celulitosa, por que não uma saia reta nesse tecido com uma blusa de seda???
As roupas precisam ser nossas aliadas, não inimigas, né?
beijos
Concordo com tudo o que você citou! A moda é uma referência, mas nem sempre podemos segui-la. Gosto dessa tendência democrata, cada um usa o que quer, sem a necessidade de que seja algo atual ou esteja na moda, mas que caia bem e a pessoa esteja a vontade usando.
Acho horrível saias mullets! nunca usarei! kkkk!
Tchau!
Falou tudo mesmo! Acho que somos tão bombardeadas com as novas “tendências” que algumas pessoas perdeam a noção do que realmente cai bem nelas e só se preocupam em não estar “por fora”. Triste isso, né? Viva a liberdade de expressão e de se vestir!
Concordo plenamente com você aqui onde moro as pessoas não tem noção mesmo , por mais que estejam bem gordinhas usam roupas bem apertadas e curtas isso em qualquer idade, tudo para estar na moda, depois que tive minha filha estou ainda mais receosa, ainda falta muito para voltar ao meu corpo de antes mas não me enquadro na moda, presto muita atenção para não me sentir mal e as pessoas me olharem demais.