Estava aqui pesquisando e teclando com a Rosi,( uma leitora que virou uma super amiga) e quando olhei pro lado, o filho Number One estava vendo um filme no compu.
O filme era “E a vida continua”.
No Original, And the band played on. (e a banda continua tocando, uma alusão à banda do Titanic, que mesmo com o acidente do navio continuou tocando para que os passageiros não entrassem em panico).
O escritor Randy Shilts escreveu o livro And the band played on, que virou este semidocumentário filmado pela HBO.
Um elenco de atores famosos como Mathew Modine, Alan Alda, Richard Gere, Anjelica Houston, Phil Collins, Steve Martin, entre outros dispensaram seus cachês para participar deste projeto.
Este filme, um dos meus preferidos, relata a descoberta do vírus da AIDS , bem como o descaso das autoridades diante da doença.
Tambem mostra o medico americano Robert Gallo ( interpretado por Alan Alda) que de modo nada ético disputava com o francês Luc Montagnier a primazia na descoberta do retrovírus causador da AIDS.
No filme vemos como a doença rapidamente se alastrou, primeiramente entre os homossexuais, considerados um grupo de risco.
Em pouco tempo, pessoas que sofriam de hemofilia, mulheres, como também bebês, pacientes que recebiam transfusões de sangue e dependentes de drogas estavam infectadas.
Demorou muito até que descobrissem o motivo da doença chamada inicialmente de “câncer gay” .
Ter AIDS na época significava assumir publicamente ter “um desvio sexual” e ser um condenado à morte, pois a doença não tinha cura.
Porque eu gosto tanto do filme?
Filmado originalmente para TV, era um filme que passava sempre na TNT, e depois de muito tempo eu assisti por inteiro, com meu filho que na época tinha uns 11 anos.
Eu já havia conversado com ele sobre AIDS quando conversamos sobre um CD do Renato Russo em italiano, “Equilibrio Distante” que ele adorava.
Ele perguntou de que o Renato morreu, e eu expliquei que era de infecção. Ele era muito pequeno e mais tarde expliquei o que era AIDS.
Vendo o filme comigo, meu filho me disse que seria muito importante que todas as pessoas crescessem sabendo que é uma doença mortal e sem cura e que se adquire.
E por ignorancia.
Eu fiquei feliz que ele pensasse assim, e procurei saber mais sobre o filme.
Vi que várias instituições usam o filme de maneira didática, em cursos de enfermagem, de medicina e até palestras sobre ética médica.
Lembro quando os primeiros brasileiros começaram a morrer de AIDS, que pânico!
Aqui no Brasil foi o costureiro Markito, Marcos Vinicius Rezende Gonçalves, que morreu em junho de 83.
Extremamente talentoso, mas muito simples, Markito vestia as celebridades .
O Governo lançou campanhas de conscientização sobre o uso de drogas injetaveis e camisinha.
O que eu tenho percebido hoje, 20 anos depois, é que o Governo parou com as campanhas na TV, nas revistas e jornais.
Se elas existem estão tão discretas que eu não notei.
As campanhas eram bem agressivas, e acho que surtiram efeito, pois se a geração de 70 transou sem camisinha, a de 80 não sabe o que é isso.
Mas quem nasceu de 90 pra cá não está tendo a preocupação de se prevenir. Tenho percebido pelo aumento de gravidez entre adolescentes que cursam o ensino medio.
O que tem de adolescente engravidando por pura falta de informação!
Aqui em casa sempre conversamos com as crianças, mas sei que a maioria dos pais não sabe como abordar o assunto.
Acho que a campanha contra o fumo atualmente é a mais agressiva das campanhas.
É que tratar um paciente de cancer é mais oneroso para o Estado, e há mais pessoas com cancer do que aidéticos.
Mas acho que está havendo aí um descaso com a doença: estão tratando-a como se tivesse cura, pois agora se prolonga a vida do paciente com remedios de ultima geração.
É um filme que eu recomendo, que deveria passar nas escolas.
Duas coisas sobre o filme: 1-é super dificil encontrar para locação ou compra.
e,
2- Randy Shilts, autor do livro premiado no festival de Montreal, morreu de AIDS em fevereiro de 93; ele foi um dos primeiros profissionais a se preocupar com a questão da doença.
(republicado a pedidos)
pow este filme muito bom.. pra definimos oke e ralmente Aids,,
assisti esse filme na escola eh achei mt legal , pena q era video casete então ficou falhando as vezes , mas eh legal pra qm qr saber sobre ah AIDS .
oi,sou universitaria e faço pedagogia e vi o filme. no começo me perguntava porque o profssor passou esse fime e com que sentido srveria p/ minha formaçao! hoje vejoq é de suma importancia sabermos sobr os acontecimentos e acabei gostando uito do filme.
parabens a todos q assistiram É SENSACIONAL!!!!
:*)
Bom dia Lilly..
Procurei esse filme na internet no mínimo há 6 anos. Encontrei essa semana ,mas sem legendas.Filme muito bom.Ontem tenti baixar aquela música do lton John que tem no final e como não sabia o nome de nada adiantou Você tem esse filme? Podes fazer uma cópia em dvd e me vender?
Aguardo reposta.
Abraço
Felipe
THE LAST SONG
Pingback: drops da Lilly « Isso é coisa de lilly
Pingback: E a vida continua… « Isso é coisa de lilly
Concordo que as campanhas de prevenção a AIDS tem sido muito fracas ultimamente. Elas só vão ao ar naquela época típica, onde todo mundo parece perder um pouco o controle: o carnaval.
Mas discordo em um coisa: não acho que as garotas engravidem por falta de informação. Esse é o assunto mais recorrente nas escolas, não só por iniciativa dos professores, mas dos alunos também. Adolescente gosta de saber de sexo… HAHAHA
É pura irresponsabilidade mesmo. Basta abrir um “Capricho” pra se ver soterrada em histórias sempre semelhantes de garotas que engravidaram cedo. Na minha escola, o que não falta é informação e, ainda assim, todo ano umas duas o três aparecem grávidas. O sexo anda banalizado demais.
Bom, mudando de assunto, gostei do filme apesar de não ter tido a oportunidade de apreciá-lo completamente; meus colegas do 2º ano não ajudam muito…
Enfim, gostei muito do site e me ajudou bastante em minha pesquisa sobre o filme.
Valeu! 😀
gostei muito é um caso muito importante de ser abordado principalmente nos dias de hoje;p
oi …. assisti o filme e adorei , muito bom
sou universitaria faço curso de Biomedicina , por um acaso a professora falou quer ia passar esse filme para nos fazer uma prova com base nesse . imagnava um outro filme , mas aquando vi que era esse filme nossa adorei por principalmente para os job=vem de hj e muito importante falar sobre a AIDS principalmente para os universitario , que a maioria vem pra faculdade só parav dizer que estuda .
enfim adorei o filme espero que vou bem na prova . espero que muitas pessoas assista e tenha consiencia disso .
Oi Lilian.
Conheço o filme e tenho um amigo, professor da Unesp que estuda a fundo o assunto, as campanhas, enfim, é um lutador. Tb conheço pessoas que carregam o vírus e não desenvolveram a doença. Olha – não faltam campanhas, folders, filmes, distribuição de preservativos e cartilhas informativas. Pelo menos aqui na capital. E o tratamento com os retrovirais, distribuídos pelo governo, é caríssimo. Assim, não concordo quando vc diz que tratar de um paciente com câncer é mais oneroso. Também não concordo quando diz que tem adolescentes engravidando por falta de informação. Sim, existe isso. Mas, é a minoria. Vou achar por aqui um paper que tenho sobre o assunto e vou te enviar. É um estudo aprofundados de especialistas sobre o tema. No mais, o filme é fantástico, informativo e triste.
Bjs.
Augusto